A Folha de S.Paulo informa que os segmentos que possuem alguma dependência de insumos chineses no setor de saúde acenderam o sinal de alerta após a declaração da OMS de emergência internacional pelo coronavírus nesta quinta-feira (30). Além de uma pressão já perceptível sobre os preços de itens de consumo como luvas e máscaras, a indústria farmacêutica fala em preocupação com a capacidade de embarque e até em risco de contaminação de tipos específicos de matéria prima.
A ordem ainda é evitar pânico, segundo Nelson Mussolini, presidente do Sindusfarma (entidade do setor) porque há segurança de estoques altos, mas é preciso estar atento a quanto tempo a crise vai durar. ”As luzes amarelas estão piscando, mas as empresas têm estoque. Não deve haver desabastecimento”, diz.
Entre outros alvos de atenção, Mussolini cita preocupação com a contaminação de produtos biológicos importados da China.
A quinta-feira começou em clima de leilão para alguns importadores de máscaras, segundo Ricardo Cabrera, diretor na Nacional Comercial Hospitalar, distribuidora de materiais hospitalares. Ele afirma ter recebido oferta de R$ 30 por uma máscara que costuma comprar por cerca de R$ 1,50.
Horas depois de recusar a compra, Cabrera diz que a mesma máscara voltou a ser oferecida por R$ 10. Bruno Boldrin, da Abraidi (entidade dos importadores), diz que iniciou um monitoramento entre seus associados para mensurar a escalada de preço.
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